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Pé de pato mangalô três vezes

1 de agosto de 2019

O ouvinte com certeza lembra do comercial de uma antiga e desaparecida caderneta de poupança que dizia que o tempo passa, o tempo voa.

É verdade, o tempo passa. E passa tão rápido que quando menos se espera já estamos novamente em agosto.

Agosto é um mês atípico aqui no Brasil, os fatos comprovam isso. E tanto é assim que agosto é chamado por uns de mês do desgosto e por outros de mês das tragédias, principalmente de tragédias políticas.

Para os mais supersticiosos, agosto é o mês do cachorro louco.

Foi em agosto de 1954, por exemplo,  que o presidente Getúlio Vargas disparou um tiro no próprio peito para – como deixou escrito em sua carta testamento – sair da vida e entrar na história. Pressionado por políticos e militares foi o caminho que Getúlio encontrou para pôr fim a uma crise que ameaçava incendiar o Brasil;

Foi no dia 25 de agosto de 1961, Dia do Soldado, que Jânio Quadros renunciou à presidência da República, depois de se eleger prometendo varrer a corrupção no Brasil;

Foi no dia 22 de agosto de 1976 que morreu Juscelino Kubistchek de Oliveira, o construtor de Brasília e o mais popular de todos os presidentes brasileiros; Juscelino morreu em acidente de carro quando se dirigia para o Rio de Janeiro;

Foi em agosto que morreu Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato a presidência da República; foi em agosto que morreu seu avô, Miguel Arraes, outro grande nome da política brasileira.

Também foi em agosto que a Polícia Federal prendeu José Dirceu, homem forte do governo petista de Lula, acusado de comandar o esquema do mensalão.

Os exemplos mostram que agosto é um mês que já deixou profundas marcas na política brasileira.

Mas, como tudo segue, chegamos mais uma vez ao mês de agosto e muito provavelmente ele deixará novas marcas.

Para muitos, principalmente para muitos políticos, o oitavo mês dos calendários juliano e gregoriano poderia muito bem ser pulado na política brasileira.

Para a população, no entanto, ele serve para lembrar que nem tudo é eterno. Serve para lembrar, principalmente aos arrogantes que se consideram donos do poder, que tudo passa.

E como passa.

O dramaturgo brasileiro Caio Fernando de Abreu ensinou que para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro — e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco.

De qualquer forma neste 1º de agosto de 2019, até por prevenção, não custa nada bater na madeira.

(Toctoctoc)

Pé de pato mangalô três vezes!”

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