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O Piauí que não vai

25 de agosto de 2020

O empresário Silvio Leite, ainda hoje considerado por muitos como um dos gênios da propaganda, quando serviu ao governo estadual cunhou a frase “É feliz quem vive aqui”.

A frase, bem recebida no meio, assinava todas as peças publicitárias do governo Wellington  Dias.

Sílvio se foi e seu substituto criou o “O Governo do Desenvolvimento”. Mais à frente, surgiu então o “Piauí que cresce com a sua gente”.

Sílvio Leite com o seu “É feliz quem vive aqui”, tentou levantar a autoestima do piauiense e, a bem da verdade, até que conseguiu melhorar o ânimo de muitos.

As demais adotaram outro caminho. Procuravam fazer com que as pessoas acreditassem que o Piauí era um estado em pleno desenvolvimento e que crescia com a sua gente.

O tempo passa e o que acontece? Nada!

As estatísticas teimosamente nos mostram que o Piauí continua com a bola murcha. Muito murcha.

Apesar da criatividade dos publicitários, continuamos sem apresentar crescimento real algum.

O único crescimento por estas bandas tem sido no numero de pessoas beneficiadas pelo governo federal com o programa Bolsa Família. E isto não deve ser tomado como motivo de orgulho. Pelo contrário.

Quando se amplia o numero de pessoas dependentes de programas oficiais de distribuição de renda é sinal de que as coisas não vão tão bem assim.

Os últimos números do governo federal mostram que o Piauí que cresce com a sua gente tem mais beneficiários do programa Bolsa Família do que empregos formais.

São 453 mil pessoas que recebem o benefício e apenas 289 mil empregados.

Trocando em miúdos: Dos pouco mais de 3 milhões de habitantes do Piauí, pelo menos 1 milhão e 800 mil pessoas sobrevivem de uma forma ou de outa graças ao Bolsa Família, direta ou indiretamente.

Triste realidade, a nossa.

Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, por exemplo, respiram ares diferentes. Lá, o numero maior é de empregos formais.

Os números atestam que por estas bandas, a única coisa que cresceu foi a miséria.

Situação essa que pode ser visto a olho nu, sem qualquer dificuldade, andando pelas ruas de nossas cidades. Observem como cresceu de forma assustadora o numero de pedintes perambulando pelas principais avenidas.

Muitos certamente dirão que a culpa é da pandemia, que a culpa é do coronavírus.

O vírus deve ter lá sua participação, claro. Mas o vírus é um elemento novo na nossa história e na nossa economia. Ele começou em março e as nossas mazelas estão expostas há muito mais tempo.

Saudades do tempo do “É feliz quem vive aqui”!

Mesmo sendo um tempo também de mentirinha, de faz de conta!

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