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 O que vem por aí

26 de agosto de 2020

 Lincoln, um ex-presidente americano, ensinava que jamais criaremos estabilidade permanente baseado em dinheiro emprestado.

Lincoln também ensinava que jamais evitaremos dificuldades financeiras se gastarmos mais do que ganhamos.

Lincoln foi um rico e importante industrial americano, portanto sabia o que estava falando.

Uma pena que nem todo mundo pense assim, inclusive aqui no Piauí.

O Piauí é um estado rico, mas sua riqueza, pelas coincidências da vida, só aparece de dois em dois anos, nos anos pares, nos anos de eleição.

Em ano par, em ano de eleição, o Piauí pobre desaparece como num passe de mágica. Igual àquela história do “se fui pobre faz tanto tempo que nem lembro”.

É sempre o Piauí rico que vai às urnas. É sempre o Piauí de um futuro imaginário radiante que vai às urnas, mesmo que tudo vá se acabar antes, bem antes da quarta-feira de cinzas.

Tudo isso tem consequências. E consequências graves para todos nós pagadores de impostos.

O Piauí acaba de ter sua condição de pagamento rebaixada junto ao Tesouro Nacional.

O Piauí que tinha o conceito B caiu para o conceito C e com isso foi para o espaço também a sua tão falada e invejável capacidade de endividamento.

Entre 2016 e 2019, o governo do Piauí contraiu empréstimos no valor de 2 bilhões e 600 milhões. Agora não pode mais fazer empréstimos com aval da União.

Não aprendemos ainda a diferença entre ser rico e querer ser rico.

Dizer que o Piauí está bem próximo do abismo não é torcer contra nem torcer pelo quanto pior melhor. É apenas um alerta. Um alerta de quem quer o bem do Piauí.

É natural que a população queira saber o que foi feito com todo esse dinheiro.

É muito dinheiro para não se conhecer o seu destino.

É muito dinheiro para passar pelos cofres públicos sem deixar marcas visíveis no estado.

É muito dinheiro para um estado pobre que não tem uma grande obra para mostrar.

Cobrar explicações não é pedir muito.

Cobrar uma prestação de contas real não é pedir muito, afinal essa conta será paga por nós. Por cada um de nós.

Os governantes futuros estão avisados desde logo: O Piauí de hoje é um estado de futuro sombrio, para ser elegante, porque o Piauí de hoje é mesmo, na verdade, um estado sem qualquer futuro.

Não se governa sem pensar no amanhã. Governar é também se preocupar com o que vem pela frente, inclusive com as pessoas que ainda virão e que um dia certamente terão muito trabalho para corrigir os erros atuais.

Que Deus em sua infinita sabedoria tenha piedade de nós!

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