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 Covardia

16 de setembro de 2020

”A violência destrói o que ela pretende defender: destrói a dignidade da vida, a liberdade do ser humano”.

João Paulo II.

 

 

Nos últimos tempos temos falado muito em feminicídio.

Feminicídio é o homicídio doloso praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.

É o crime que despreza, é o crime que menospreza e desconsidera a dignidade da vítima enquanto mulher, como se as pessoas do sexo feminino tivessem menos direitos do que as do sexo masculino.

Feminicídio é isso.

E se falamos muito em feminicídio é porque temos razões para isso.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública o Piauí é o estado que possui uma das maiores taxas de feminicídios do Brasil.

Está anotado lá.

Mais de 57% das mulheres mortas no estado, são vítimas desse tipo de crime.

Somos campeões nisso também, infelizmente.

Diante de realidade tão monstruosa, só nos resta, mais uma vez, perguntar:

Por que tantas agressões à mulher?

Por que tantas mortes?

Por que essas mulheres têm que morrer?

O que essas mulheres fizeram de tão ruim? Que crime tão grave foi esse para que sejam punidas com a morte?

Não há ciúme que possa justificar o assassinato de uma mulher.

Esse sentimento de posse que acomete os ciumentos precisa ser erradicado, precisa ser eliminado do coração dos homens.

A mulher e o homem têm que ser livres e com direitos iguais, com direito a autodeterminação, à livre escolha, com direito de decidir por si mesmo.

Um relacionamento, por mais longo que seja, não dá o direito de posse a nenhum dos dois.

Em mulher não se bate, diz um antigo ditado popular.

O poeta Augusto Branco diz mais:

Todas as mulheres são maravilhosas, 
são a mais divina criação, donas de todos os sonhos e desejos, inspiração de poetas, 

acalanto de homens em guerra. 
Salgado Maranhão, outro poeta dos nossos tempos, vai mais longe:

Quem mata a mulher

mata o começo,

o lado oculto da luz,

é como se alguém vedasse

o infinito pelo avesso.

Quem mata a mulher

não mata apenas

o que está em carne e vida,

mata a possibilidade

do que há de vir.

Confunde equilíbrio e força

mistura paixão e forca

e morre no que mata.

Quem mata a mulher

mata o futuro,

interrompe a vocação das flores.

Amar é eternizar.

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