Entrevistado afirma que estado funciona como um centro de distribuição de material ilícito para Ceará e Maranhão
As apreensões de grandes quantidades de drogas ilícitas têm sido recorrentes no Piauí. Apenas nos cinco primeiros meses de 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 442 kg de cocaína, ao passo que somente 188 kg do material foi retido pelo órgão durante todo o ano de 2021.
Segundo Paulo Moreno, superintendente da PRF no estado, o Piauí funciona como uma passagem para drogas vindas das fronteiras do país, servindo como um centro de distribuição para os vizinhos Ceará e Maranhão.
“Temos intensificado o combate ao tráfico, de forma sistemática, há alguns anos. Nossos agentes de inteligência trabalham diariamente com o apoio da tecnologia para facilitar as operações cotidianas”, afirmou ao JT1 da Teresina FM nesta segunda-feira (6).
Ainda sobre a comparação entre as quantidades apreendidas neste ano e no ano passado, Moreno acrescentou que 770 kg de maconha e 22 kg de crack foram confiscados até maio de 2022, enquanto 1.061 kg e 42 kg das substâncias foram captados pela PRF em 2021.
Outra droga que registrou um crescimento preocupante é a anfetamina, bastante utilizada por caminhoneiros que buscam uma sensação de maior atividade durante o período que estão nas estradas.
“Nenhum material é apreendido em qualquer canto do Brasil sem auxílio de alguma unidade da federação. Os profissionais recebem a mesma capacitação em todas as regiões do país e agem em parceria com a Polícia Federal, a Polícia Militar e demais forças de segurança. Assim como aperfeiçoamos as abordagens, os criminosos também aprimoram seus métodos”, salientou.
O superintendente destacou que, após as apreensões, as drogas são remetidas à Polícia Judiciária e, depois da instalação de inquéritos e dos devidos procedimentos, o material é incinerado.
“Todas as informações de nossas abordagens são obrigatoriamente adicionadas ao nosso sistema, de forma que é possível saber quando e em qual estado um veículo foi retido. O policial então correlaciona os dados e solicita o apoio da equipe de inteligência para realizar uma vistoria minuciosa”, frisou.
Moreno lembrou, por fim, os canais de denúncia da PRF, que incluem o telefone 191 e o espaço de ouvidoria no site do órgão, nos quais o anonimato é garantido, e as redes sociais da corporação. “A tendência é quanto mais intensificarmos o combate, os traficantes migrem para outras rotas ou estados. Para isso contamos com o apoio dos cidadãos”, finalizou.