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Política

Lula afirma ter sido vítima da maior mentira jurídica

Em discurso nesta quarta-feira (10), ex-presidente também defendeu a vacinação e criticou Bolsonaro, a quem chamou de ‘fanfarrão’.

Publicado por: FM No Tempo 11/03/2021, 07:50

Em seu primeiro pronunciamento público após a anulação de suas condenações no âmbito da Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na quarta-feira, 10, que foi vítima da “maior mentira jurídica contada em 500 anos de história” do Brasil. Comparando-se a um escravizado que sofre chibatadas e só escaparia da tortura se pedisse desculpas ao “dono”, o petista disse que não está magoado com os julgamentos transcorridos até aqui, apesar de, na sua visão, ter razão para mágoa.

Lula lembrou o momento em que, em abril de 2018, deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, noa ABC paulista, de onde discursa agora, para se entregar à Polícia Federal (PF) após a determinação de sua prisão. “Fui contra minha vontade, porque sabia que estavam prendendo um inocente. Tomei a decisão de me entregar porque não seria correto aparecer na capa de jornais como fugitivo. Tomei a decisão de provar minha inocência dentro da sede da PF, perto do juiz Moro”, relatou.

Lula durante pronunciamento na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, no ABC, na quarta-feira (10) (Foto: Andre Penner/AP)

O ex-presidente sustentou que, por consciência do que acontecia no Brasil, tinha certeza, mesmo ao se entregar, que chegaria o dia em que ele provaria sua inocência. “A quadrilha de procuradores e o Moro entendiam que a forma de me pegar era me colocar na Lava Jato”, disse o petista. “Ontem, a verdade prevaleceu, dita pelo ministro Gilmar Mendes, pelo Ricardo Lewandowski e até pela Cármen Lúcia”, comentou, em referência à retomada do julgamento do habeas corpus em que sua defesa pede a suspeição do ex-juiz federal.

Apesar de celebrar a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgá-lo nos processos da Lava Jato, Lula garantiu que continuará brigando na Corte para que Moro seja considerado suspeito.

Com a sessão desta terça-feira, o placar na Segunda Turma do STF está empatado em 2 a 2, mas há expectativa de que a ministra Cármen Lúcia, que votou contra o pedido da defesa do petista no início do julgamento, em 2018, mude seu posicionamento quando se manifestar novamente. O julgamento foi suspenso após pedido de vistas (mais tempo para análise) feito pelo ministro Kassio Nunes Marques.

“Moro não tem direito de se tornar o maior mentiroso do Brasil e ser considerado herói”, emendou o ex-presidente.

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