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Política

Justiça Eleitoral condena administrador da “TV Piqui” a pagar multa de R$ 5 mil a Joel Rodrigues

No entendimento do TRE-PI, publicação feita pelo perfil aponta falsa inelegibilidade e ainda comete injúria racial

Publicado por: FM No Tempo 18/08/2022, 10:15

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) condenou Benedito Ângelo de Carvalho, administrador do perfil denominado “TV Piqui”, a pagar multa de R$ 5 mil e remover um vídeo com montagem grosseira de imagens de Joel Rodrigues, candidato ao Senado pelo Progressistas.

A decisão foi expedida pelo juiz Agliberto Gomes Machado nesta quarta-feira (17). Os autos do processo foram remetidos para a Justiça Civil, que agora tratará o caso como injúria racial.

Joel Rodrigues, candidato ao Senado pelo Progressistas (Foto: Divulgação/Ascom)

A postagem em questão mostra Joel dançando ao lado de Iracema Portella (Progressistas), candidata a vice-governadora, e o chama de “saruê”, associando imagens do ex-prefeito a uma letra de música ofensiva.

A publicação aponta ainda que Joel estaria inelegível, o que, na visão do magistrado, demonstra a intenção de confundir a população incutindo a falsa impressão de um impedimento à candidatura do político.

O relatório da Justiça Eleitoral afirma que Ângelo utilizou-se de propaganda eleitoral antecipada negativa, com ofensas referentes à elegibilidade do candidato, além de conter manifestações de cunho racista que configuram “um claro discurso do ódio”.

Em nota, o administrador da “TV Piqui” argumenta que o uso do termo “saruê” está relacionado a um “modelo de política coronelista” e não possui intenção discriminatória. Confira a manifestação:

Não vou negar que já sabia que o povo do Silvio Mendes, Ciro Nogueira e Bolsonaro iriam me perseguir quando eu começasse a fazer perguntas fortes a eles e que movimentasse as redes sociais mostrando mazelas dos mesmos e suas mancadas na campanha, mas confesso que não imaginava que eles baixariam tanto o nível a ponto de tentar manipular a justiça, fazendo uma alusão descabida, buscando me relacionar a um fato sem qualquer nexo.

Todo mundo sabe que o nome “saruê” ficou eternizado no Brasil pelo personagem do ator Antônio Fagundes, em novela da rede Globo. A música que se refere ao nome, em nada se refere a negritude ou qualquer coisa semelhante. A intenção ali foi unicamente relacionar o candidato a um modelo de política coronelista, onde ele era prefeito de uma cidade e se utilizou do cargo para se projetar politicamente e buscar alçar um voo muito mais alto do que estava racionalmente previsto a ele. Qual o pecado disso?

Fiz humor, como sempre faço. Com acidez, mas sem ofensa pessoal. Se o objetivo é me atingir, intimidando minha atividade, pois o resultado está sendo o contrário. Sabendo que Silvio Mendes (que já me agrediu até verbalmente) e Ciro Nogueira, que tenta me falar com processos, vou agora reforçar minha segurança pessoal e continuar meu trabalho, fazendo as perguntas que ninguém tem coragem de fazer a eles.

Já pro outro candidato, o Rafael Fonteles, ele já está bem servido, pois o repórter Efrém Ribeiro, contratado da empresa web do ministro, já se dispõe a ir na cola dele, todo dia, também fazendo as perguntas que outros não fazem. Encerro dizendo: “Só no Piauí que usar música que faz analogia a coronel de novela vira injúria racial”.

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