Candidato do PDT à Assembleia Legislativa aponta ainda que grileiros têm “corroído” vegetação nativa do litoral do Piauí
O ambientalista Dionísio Carvalho, ex-secretário municipal de Meio Ambiente, lançou pela segunda vez candidatura à Assembleia Legislativa pelo PDT. A principal bandeira levantada pelo candidato, há quase duas décadas, é a questão ambiental.
Em entrevista ao JT1 da Teresina FM nesta quinta-feira (29), o pedetista afirmou que, além da preservação do meio ambiente, pretende, se eleito, defender as causas animal, das pessoas com autismo e da legalização da maconha medicinal.
Dionísio alega que tem sofrido ameaças de morte por parte de grileiros (Foto: Teresina FM)
“Quero continuar batendo de frente com grileiros, com quem destrói a natureza; fiscalizar para onde vai o dinheiro do povo e o que o Estado faz para utilizar corretamente os recursos naturais”, destacou.
Dionísio ressaltou que, ao lado da grilagem, grandes empresários e facções criminosas se instalaram no litoral e no interior do Piauí, tendo corroído a vegetação do estado.
“Os mangues estão sumindo, a Mata Atlântica vai desaparecer e afetar a vida das pessoas que moram na região. Sem falar na morosidade por parte da Justiça: mesmo que haja embargos para derrubar determinadas obras irregulares, as prefeituras adiam ao máximo e a resposta é muito lenta”, criticou.
O candidato lembrou que constantemente recebe ameaças de morte em função de seu combate aos crimes ambientais e, ainda que recue em alguns momentos, reforçou que “não pode desistir”.
Ambientalista declarou apoio ao candidato da oposição Silvio Mendes (Foto: Divulgação/Ascom)
“Vemos uma fragilização, a nível federal, do sistema de fiscalização e monitoramento ambiental. Acontece o mesmo em âmbito estadual: [o ex-governador petista] Wellington Dias sempre promoveu sucateamento, os profissionais da área se queixam de falta de estrutura e de pessoal”, apontou.
O ex-secretário citou ainda a apreensão de R$ 360 mil em espécie realizada pela Polícia Federal, no último dia 20 deste mês, na zona Leste de Teresina, e atribuiu o montante a um candidato ligado à coligação liderada pelo PT.
“Dizem nos bastidores que o proprietário [do dinheiro] tem vínculos com Wellington e a facção política que se instalou no Piauí. Precisamos tirar esse povo. Silvio [Mendes, candidato do União Brasil ao governo do Estado] tem ótimas propostas, assim como Joel [Rodrigues, candidato do PP ao Senado]. Se votarmos de novo no PT, é ‘taca’ de mais oito anos”, completou.