O presidente do PSDB em Teresina, vereador Edson Melo, avalia negativamente a possibilidade do partido se unir ao Podemos através de uma federação. A união pode ser concretizada ainda neste semestre e, se acontecer, vai atrapalhar o principal plano dos tucanos para as eleições municipais em Teresina: conquistar novamente o comando do Palácio da Cidade.

“O PSDB é uma grife, mas a nossa preocupação é que o PSDB tenha um fim triste. Como? Virando uma sublegenda do PT”, disse Edson.

O vereador Edson Melo, presidente do PSDB em Teresina (Foto: Teresina FM)

O vereador se referiu à especulação envolvendo o secretário de Estado da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), Fábio Abreu, e o Podemos. O gestor, em entrevista na semana passada à imprensa, informou que adiantou articulação visando assumir a executiva do partido no Piauí. Hoje ele pertence ao PSD.

Se a federação for concretizada e Abreu realmente passar a comandar a agremiação no estado, os tucanos não vão conseguir destacar nome para disputar a Prefeitura de Teresina.

Como Fábio Abreu pertence ao grupo do petista Rafael Fonteles (governador do Piauí), a tendência é que a federação dê suporte à opção que o chefe do executivo estadual apoiar.

“O PSDB é um exemplo aqui, em termos administrativos e político, dentro da capital piauiense, e é muito triste isso. Nós defendemos uma candidatura própria dentro do partido e vamos procurar isso até o último momento”, acrescentou Edson Melo. Ele também ressaltou a possibilidade de debandada caso não haja acordo satisfatório para os tucanos.

O PSDB nutria a expectativa de que o ex-deputado estadual Luciano Nunes, atual presidente do partido no Piauí, assumisse o comando da futura federação.