Os servidores vão fazer uma manifestação, nessa terça-feira (02), na frente da Prefeitura de Teresina
O Sindicato de Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do estado do Piauí (Senatepi) convocou, hoje (01), a categoria para protestar contra o corte de 50% nos salários.
Os profissionais vão fazer uma manifestação na frente da Prefeitura de Teresina às 8h da manhã de terça-feira (02), e, logo depois, vão participar de uma audiência na câmara municipal para tratar do assunto. Os servidores não descartam a possibilidade de greve, caso não haja acordo.
O presidente do Senatepi, Erick Riccely, pede diálogo e valorização do trabalho:
“O que a gente precisa nesse no momento é do salário digno e respeitado para esses profissionais, que até outrora eram chamados de heróis”
Os funcionários da saúde se reuniram com o Presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, nesta segunda (01), para falar da reivindicação.
O vereador Dudu (PT) também se encontrou com a categoria e propôs a realização de uma audiência na câmara municipal para discutir o tema com os vereadores de Teresina.
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde ( FMS) informou que não houve corte nos pagamentos da classe, e que a Prefeitura de Teresina manteve os salários integrais, ainda em janeiro de 2021, com recursos próprios.
Confira a nota na íntegra
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina esclarece que não houve corte nos salários dos profissionais de saúde, eles continuam recebendo a insalubridade de 20% imposta em lei. O Governo Federal retirou os extras que eram recebidos em 2020 através de financiamento do Ministério da Saúde. O repasse financeiro do Ministério da Saúde girava em torno de R$ 13 milhões por mês e custeava despesas Covid em geral (incluindo os acréscimos salariais). O montante do MS foi cortado em dezembro de 2020.
A Prefeitura de Teresina manteve ainda em janeiro de 2021,com recursos próprios, os pagamentos integrais.
A FMS informa ainda que existe uma mobilização nacional das Prefeituras para tentar ver o custeio dessa despesa Covid junto ao Ministério da Saúde, mas os municípios ainda não obtiveram sucesso.
O Ministério da Saúde cortou o custeio de despesas Covid como um todo, não só referente aos pagamentos extras para profissionais de saúde. Houve corte também quanto aos pagamentos de custos com insumos e outras despesas. A FMS custeia, no momento, com recursos próprios todas as despesas Covid na capital.
Quanto ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), a FMS informa que o mesmo foi extinto ainda em agosto de 2020. Houve a criação do programa Previne Brasil, o qual a Prefeitura de Teresina ainda não aderiu, porque parte do programa é custeado pelo Ministério da Saúde e outra parte pelo município, e isso ainda não está na previsão orçamentária de Teresina.