Os dez estados que menos receberam imunizantes, proporcionais à sua população, foram das regiões Norte e Nordeste
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou esclarecimentos ao Ministério da Saúde sobre a metodologia utilizada para o envio de vacinas para o Piauí, que é um dos estados do nordeste com maior atraso na vacinação. O órgão também quer ter conhecimento das providências que estão sendo adotadas para que o estado receba a quantidade proporcional à sua população nos próximos lotes e, com isso, compensar o déficit existente.
Segundo dados do Ministério da Saúde, contabilizados até 29 de julho de 2021, dos 26 estados da Federação e o Distrito Federal, os dez que menos receberam imunizantes proporcionais à sua população foram das regiões Norte e Nordeste.
Foto: Divulgação/Sesapi
O procurador regional dos Direitos do Cidadão no Piauí, Kelston Pinheiro Lages, autor do ofício, também requisitou ao presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, que esclareça ao MPF sobre quais as providências estão sendo adotadas pela FMS junto ao Ministério da Saúde para que o município de Teresina também receba a quantidade proporcional à sua população.
O MPF também pediu para que a FMS informe se o MS está cumprindo com a compensação gradual.
Na quarta-feira (18), Teresina recebeu 40 mil doses de imunizantes contra a Covid-19 da Pfizer. As doses chegam após pedido da Fundação Municipal de Saúde. O presidente da FMS, Gilberto Albuquerque, afirmou que a capital estava recebendo cerca de 15 mil doses semanalmente, insuficientes para atender a demanda, o que acaba prejudicando o avanço da campanha de vacinação na cidade.