Casos de Covid na China subiram após o fim da política de Covid zero, imposta pelo governo desde 2020 para tentar eliminar a transmissão do vírus entre os cerca de 1,4 bilhão de habitantes do país
A possibilidade de a Covid-19 voltar a se espalhar na China nos próximos dois ou três meses é remota, já que 80% das pessoas já foram infectadas, disse um importante cientista ligado ao governo neste sábado (21).
O deslocamento em massa de pessoas durante o período do feriado do Ano Novo Lunar pode ajudar a espalhar a pandemia, aumentando as infecções em algumas áreas, mas uma segunda onda de Covid-19 é bem improvável no curto prazo, afirmou Wu Zunyou, epidemiologista chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, na plataforma de mídia social Weibo.
Foto: AP Photo/Andy Wong
Milhões de chineses estão viajando pelo país para as reuniões de fim de ano que haviam sido suspensas devido às restrições de aglomeração recentemente atenuadas, o que aumentou o medo de novos surtos em áreas rurais menos capazes de lidar com grandes surtos.
A China ultrapassou o pico de pacientes com Covid em postos de saúde, em salas de emergência e com condições críticas, disse um funcionário da Comissão Nacional de Saúde na quinta-feira (19).
Quase 60 mil pessoas com Covid-19 morreram nos hospitais até o dia 12 de janeiro, cerca de um mês depois que a China encerrou abruptamente sua política de Covid-Zero, de acordo com dados do governo.
Ainda assim, alguns especialistas disseram que esse número provavelmente subestima muito o impacto total, pois exclui aqueles que morreram em casa e porque muitos médicos já disseram que são desencorajados a citar a Covid-19 como causa da morte.