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Teresina

Pesquisador e médico destacam referência e sugerem melhorias na rede de saúde de Teresina

Especialistas reforçam combate à pandemia exercido pelos setores público e particular e abordam falta de insumos

Publicado por: FM No Tempo 16/08/2022, 12:30

Esse é o primeiro de uma série de cinco de debates do especial “Teresina em Pauta”, em comemoração aos 170 anos da capital do Piauí e aos 16 anos da Teresina FM. Nesta terça-feira (16), você confere as opiniões dos entrevistados sobre a capacidade da rede de saúde de Teresina.

A rede de saúde de Teresina, nos setores público e particular, é uma referência para a região Nordeste pela capacidade instalada e prestação de serviços. A capital do Piauí assume grande parte dos serviços de média complexidade, de especialidades e da rede ambulatorial.

Na opinião do professor Emídio Matos, doutor em Biologia Celular e Tecidual pela Universidade de São Paulo (USP) e membro do Comitê de Operações Emergenciais do Piauí (COE-PI), o desenvolvimento do setor de saúde se deve à fundação da Universidade Federal.

Professor e cardiologista debatem condições dos serviços de saúde (Foto: Teresina FM)

“Temos, a partir da criação da UFPI, um impulsionamento regional. Antes precisávamos formar profissionais no Rio de Janeiro, em Salvador, em Recife; atualmente a rede de saúde da cidade é beneficiada pela integração de trabalhadores recém-formados”, afirmou ao JT1 da Teresina FM nesta terça-feira (16).

O pesquisador apontou que os serviços da capital são utilizados da mesma forma por municípios do interior do estado, o que confirma a potência de Teresina e também revela as deficiências das demais cidades, as quais não são possuem estrutura suficiente para atender seus próprios pacientes.

Emídio frisou que Teresina possui um enorme complexo econômico-industrial na área da saúde. “Contamos com prestadores de serviços, ambulatórios e setores de diagnóstico e tratamento, mas ainda carecemos de indústrias de base química e biotecnólogica, que podem produzir fármacos, vacinas e reagentes, e de base mecânica, que fornecem os equipamentos necessários para os procedimentos”, elencou.

Para o médico Newton Nunes Filho, especialista em cardiologia e presidente do Sistema Unimed Teresina, o sistema público é extremamente organizado no que diz respeito à medicina preventiva e à atenção básica, bem como os serviços de maior complexidade funcionam de forma adequada.

“Há ainda os serviços hospitalares (Hospital de Urgência, Hospital Universitário e Hospital Getúlio Vargas) que recebem pacientes mais graves. De certa forma, acredito que o sistema particular, formado por clínicas, laboratórios e hospitais de alta qualidade também resolvem quase 90%, 95% dos diagnósticos”, avaliou.

Fachada do Hospital de Urgência na zona Sul de Teresina (Foto: Divulgação/FMS)

Em relação à pandemia de Covid-19, o cardiologista defendeu que o município respondeu bem à crise sanitária, ampliando a capacidade de UTIs em cinco vezes. Durante o pico da catástrofe mundial causada pela doença, o consumo de medicamentos foi muito maior do que a oferta, o que gerou um aumento inflacionário dos insumos.

“Os remédios passaram a custar 50 vezes mais comparado ao período pré-pandêmico; hoje já valem 20 vezes mais. As pessoas tendem a minimizar ou a esquecer os efeitos nefastos da crise, mas houve uma verdadeira mobilização dos profissionais de saúde para defenderem a população e a si mesmos; no meu entendimento, Teresina enfrentou esse cenário de forma satisfatória”,

Como forma de superar a falta de investimento, Emídio sugeriu a priorização da promoção de saúde, metodologia que possibilita condições para a prática de atividade física e incentiva a segurança alimentar da população.

“Há, cultural e historicamente, uma visão hospitalocêntrica, que prefere esperar o adoecimento dos cidadãos para somente então tratá-los nos hospitais. Essa solução, no entanto, sai bem mais caro. Investir na atenção básica e na prevenção de doenças acarreta um custo muito menor e atende à lógica coletiva indicada pela literatura médica”, concluiu.

Na quarta-feira (17), você irá acompanhar o terceiro debate do “Teresina em Pauta” sobre o transporte público na capital.

Confira o debate completo no Jornal da Teresina 1ª Edição desta terça-feira (15):

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