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Teresina

Ex-gestor da Strans e diretor de autoescola elencam soluções para trânsito e transporte de Teresina

Especialistas comentam problemas frequentes no sistema viário e mencionam corredores exclusivos para ônibus na capital

Publicado por: FM No Tempo 17/08/2022, 12:40

Esse é o terceiro de uma série de cinco de debates do especial “Teresina em Pauta”, em comemoração aos 170 anos da capital do Piauí e aos 16 anos da Teresina FM. Nesta quarta-feira (17), você confere as opiniões dos entrevistados sobre o trânsito e o transporte público de Teresina.

Teresina, assim como muitas outras grandes cidades do Brasil, possui um trânsito complicado, principalmente em horários de pico. O aumento do número de veículos fez com que a população utilizasse menos o transporte público, além de maximizar problemas como o número de acidentes.

Para o engenheiro Augusto Basílio, ex-diretor de Sistema Viário da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), embora a capital do Piauí conte com um sistema viário bem estruturado, sofre com alguns pontos de “retardamento”.

Foto: Teresina FM

“Talvez, com um simples reajuste de programação semafórica, conseguíssemos reduzir esses retardos no tráfego para garantir maior fluidez. A cidade também recebeu bons investimentos, como os da obra da Av. Frei Serafim, que criou duas novas faixas, e a da Ponte Anselmo Dias no Dirceu”, elencou ao JT1 da Teresina FM nesta quarta-feira (17).

Basílio citou a necessidade de criar condições de segurança no trânsito para evitar conflitos, por exemplo, nos retornos dos cruzamentos. O ex-gestor pontuou que o retorno é de “fundamental importância” quando o volume de tráfego na via principal é maior do que o giro à esquerda.

“Ou o órgão gerenciador semaforiza ou investe em elevadas, como tem sido feito na Miguel Rosa, na Tabuleta e na Barão de Gurgueia, entre outras vias importantes da cidade”, mencionou.

Na visão de Elivan Santos, ex-motorista de ônibus por 22 anos e diretor geral de autoescola, os condutores de Teresina, independentemente de profissionalismo, absorveram uma cultura de direção agressiva, indisciplinada, contrária ao que determina a legislação de trânsito vigente.

“As normas preveem que o veículo de menor velocidade deve circular pela faixa à direita; ainda assim, sabemos que há instrutores que orientam, de forma equivocada, seus alunos a transitarem pela esquerda, pondo em risco a segurança do tráfego e dos próprios motoristas”, observou.

Em relação ao transporte público, o especialista considerou que uma das maiores “dores de cabeça” para os profissionais do setor diz respeito aos corredores exclusivos para ônibus, os quais foram implementados em Teresina, mas não funcionam de forma adequada.

“Muito raramente os outros condutores dão preferência aos coletivos, mesmo que estes transportem 150, 200 pessoas. Os corredores deveriam, em tese, garantir fluidez, mas as vias da capital não dispõem de espaço suficiente para realizar essa medida em sua completude”, afirmou.

O advento da pandemia de Covid-19, lembrou Basílio, acarretou uma queda, a nível nacional, de quase 11 milhões de usuários no sistema de transporte. Enquanto isso, a frota de motocicletas cresce em torno de 13% e 14%.

“O Hospital de Urgência (HUT) tem recebido, com muita frequência, motociclistas que se envolveram em acidentes graves; alguns já caminham para a segunda, terceira operação. É importante que eduquemos os motoristas a não serem imprudentes”, finalizou.

Na quinta-feira (18), você irá acompanhar o quarto debate do “Teresina em Pauta” sobre a revitalização do Centro da capital com o arquiteto Wellington Camarço e o superintendente municipal Roncalli Filho.

Confira o debate completo no Jornal da Teresina 1ª Edição desta quarta-feira (17):

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