Marcus Vinicius foi denunciado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio
O Ministério Público do Piauí (MP-PI) ofereceu denúncia contra o advogado Marcus Vinicius de Queiroz Nogueira pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, ambos duplamente qualificados, e tentativa de evasão do condutor do local do acidente. O advogado se envolveu em acidente que deixou uma pessoa morta e outras três feridas, no cruzamento entre as avenidas Higino Cunha e Odilon Araújo, em Teresina, no dia 2 de dezembro de 2021.
Imagens de uma câmera de segurança mostram que Marcus ingeriu grande quantidade de bebida alcóolica pouco antes da ocorrência. Após desobedecer à sinalização semafórica no cruzamento das vias, atingiu um carro que transportava quatro pessoas: um homem de 53 anos, duas mulheres e uma criança de apenas oito meses de vida.
O homem, Raimundo Oliveira, que conduzia o veículo, faleceu no local, preso entre as ferragens. As duas mulheres, filhas da vítima fatal, além do perigo de morte, sofreram diversas lesões, sendo que uma delas teve fraturas no pé e na clavícula. O bebê sofreu trauma cranioencefálico e precisou ser submetido a procedimentos cirúrgicos.
“Consideradas as particularidades do evento em análise, especialmente a manifesta alcoolemia acentuada do acusado, associada à condução de veículo em alta velocidade e a desobediência à sinalização semafórica, têm-se, de maneira indubitável, a configuração de uma ação dolosa”, diz a denúncia do MP-PI.
Os promotores de Justiça Márcio Giorgi Carcará Rocha, Silas Sereno Lopes e João Malato Neto, que constituem a comissão responsável pela elaboração da denúncia, consideram que ele agiu com dolo eventual ao assumir o risco de produzir a morte de pessoas.
O Ministério Público requer ao Poder Judiciário a fixação de indenização no valor de R$ 726 mil, a título de reparação mínima, em favor das vítimas sobreviventes.
Judiciário deverá citar o réu para que responda à acusação no prazo de 10 dias.
O advogado Marcus Vinicius Nogueira chegou a ser preso no dia 3 de dezembro, mas foi solto pela Justiça após pagar fiança de R$ 15 mil. Na audiência de custódia, a juíza Patrícia Luz, do Tribunal de Justiça do Piauí, impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao advogado, que cumpre a decisão em casa.
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