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Sintetro aceita nova proposta e greve do transporte em Teresina chega ao fim

Setut mantém salários até R$ 2 mil e reajusta benefícios

Publicado por: FM No Tempo 12/04/2022, 07:39

Atualizada às 13h48 

A greve do transporte público em Teresina chegou ao fim após 22 dias de duração. A Convenção Coletiva de Trabalho (CTT) foi assinada nesta nesta terça-feira (12). O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) aceitou nova proposta feita pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Setut) em reunião na sede da Procuradoria Geral do Município (PGM), ocorrida na manhã desta segunda-feira (11).

Na oferta atualizada, os salários foram mantidos: R$ 2 mil para motoristas, R$ 1,3 mil para fiscais e R$ 1,2 mil para cobradores. Entretanto, o tíquete-alimentação e o auxílio saúde sofreram reajuste, passando a custar R$ 170 e R$ 60, respectivamente.

Foto: Divulgação/PMT

Para Antônio Cardoso, presidente do Sintetro, os valores apresentados não são os ideais, mas já representam um avanço para a categoria, que contempla parte de suas demandas atendidas.

“Insistimos em pedir desculpa à população, sabemos dos transtornos, das dificuldades e dos gastos que estão tendo. Sabemos que estão do nosso lado, conhecem nossa realidade. Nossos salários estavam congelados desde 2019, havíamos perdido nossos benefícios, não tínhamos mais convenção trabalhista. Acreditamos que nossa causa é verdadeira, embora muito triste e de sofrimento”, enfatizou.

A convenção coletiva, principal objetivo dos trabalhadores do transporte, será assinada nesta terça-feira (12), às 12h, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Somente após a assinatura as frotas de ônibus voltarão a circular pelas ruas de Teresina.

Greve de ônibus

Motoristas e cobradores de ônibus, liderados pelo Sintetro, deflagraram nova greve do transporte público na capital do Piauí no dia 21 de março.

Enquanto a entidade sindical cobrava a assinatura da convenção coletiva, o Setut exigia da gestão municipal a quantia de R$ 71,9 milhões referente a subsídios como gratuidades e descontos ofertados aos estudantes. A dívida seria condizente ao período que vai de janeiro de 2021 a fevereiro deste ano.

Foto: Divulgação/Strans

Em 1º de abril, a 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública expediu uma liminar para que as empresas que atuam no transporte público garantam a circulação de parte da frota durante a greve dos trabalhadores rodoviárias. De acordo com a decisão, as concessionárias deveriam disponibilizar 80% da frota de ônibus nos horários de pico e 60% nos entrepicos.

Diante da determinação, o Setut alegou que já cumpria integralmente a medida e acusou o Sintetro de impedir motoristas e cobradores de retirarem os veículos da garagem. Em resposta, o presidente Antônio Cardoso classificou os empresários como “mentirosos que vivem de fake news e explorar os trabalhadores”.

Várias tentativas de acordo anteriores foram rejeitadas pelo Sintetro. Uma delas, feita pela Prefeitura de Teresina, incluía a destinação de R$ 300 mil para sanar as dívidas com a categoria. Outra, proposta pelo Setut, previa a exclusão dos cobradores e atribuía aos motoristas a dupla função de conduzirem os veículos e receberem o valor das passagens dos usuários.

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