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Crise do transporte: “Culpa é 100% dos empresários”, dispara Doutor Pessoa

Prefeito de Teresina acusa empresas de não pagarem trabalhadores; Eturb quer transformar bilhetagem eletrônica em digital

Publicado por: FM No Tempo 25/03/2022, 08:18

O prefeito Doutor Pessoa (MDB) afirmou que a atual greve do transporte público de Teresina é “100% culpa dos empresários”. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva aos veículos de imprensa nesta quinta-feira (24).

Pessoa alegou que, embora a Prefeitura queira estabelecer um diálogo, as empresas não estariam realizando os pagamentos devidos aos trabalhadores do sistema.

Prefeito Doutor Pessoa em entrevista à imprensa no Palácio da Cidade (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

“Estamos abertos ao diálogo de manhã, de tarde, de noite […] Já estamos pagando o que nós acordamos lá em outubro com os empresários e eles não estão cumprindo”, disse o gestor.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Setut), a Prefeitura cumpre apenas o acordo celebrado com a gestão passada, mas não negociou e tampouco cumpre repasses referentes à gestão atual.

“A Prefeitura prometeu repassar R$ 600 mil para cobertura do último reajuste do diesel (18%), e R$ 1,8 milhões referente ao número de passagens gratuitas, porém, sem oficializar nenhum tipo de acordo”, apontou a entidade em nota (confira a íntegra ao final da matéria).

Bilhetagem digital

Em meio à crise do transporte, o presidente da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb), João Duarte (Republicanos), levantou a possibilidade de transformar a bilhetagem eletrônica, agora sob o comando do órgão municipal, em um sistema digital.

“Vamos fazer duas mudanças principais: a primeira será um sistema digital, que já acontece nas maiores capitais do Brasil. A segunda é a quantidade de relacionamento do usuário com a bilhetagem; se hoje ele só pode comprar de forma presencial, agora vai ter dez opções de compra”, explicou à imprensa.

Bilhetagem eletrônica de Teresina pode operar em sistema digital (Foto: Divulgação/Sintrapi)

Pessoinha afirmou que a Prefeitura pretende ter maior controle dos dados dos usuários e pode, inclusive, abrir licitação para empresas privadas ou contar com o auxílio de outras empresas públicas para gerir a bilhetagem da frota da capital.

Até ano passado, a função era desempenhada pelo próprio Setut, mas foi transferida à Eturb após projeto de lei aprovado pela Câmara dos Vereadores e sancionado pelo prefeito Doutor Pessoa.

Na visão do sindicato, a proposta não se refere à operacionalização da bilhetagem, mas cria ilegalmente nas competências da Eturb sua emissão e comercialização.

Greve do transporte público

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) promove desde segunda-feira (21) mais uma greve do sistema de transporte público de Teresina por tempo indeterminado.

Motoristas e cobradores deflagraram greve no sistema de transporte coletivo (Foto: Divulgação/Sintetro)

Segundo Antônio Cardoso, presidente do Sintetro, a principal reivindicação da categoria é a assinatura da convenção coletiva, cobrada desde 2020. O documento prevê garantias como tíquete-alimentação e plano de saúde, além de definir salários de R$ 2.039,00 para motoristas e R$ 1.288,00 para cobradores.

O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-22), em decisão publicada no mesmo dia, determinou que a entidade sindical deve colocar em circulação 80% da frota de ônibus, nos horários de pico, e 60% nos horários de entrepico.

A medida, assinada pela desembargadora Liana Chaib, atende a um pedido cautelar ajuizado pelo Setut, embora não tenha concedido 100% como pretendiam as empresas. O documento prevê ainda uma multa diária de R$ 50 mil em caso de não cumprimento por parte dos trabalhadores.

Confira a íntegra da nota do Setut:

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que o município está cumprindo o acordo correspondente à gestão passada e não negociou e nem está cumprindo repasses referente a sua atual gestão.

Nos últimos diálogos, a Prefeitura prometeu repassar R$ 600 mil para cobertura do último reajuste do diesel (18%), e R$ 1,8 milhões referente ao número de passagens gratuitas que passam nas catracas dos ônibus todos os meses, para cobertura de reajuste salarial e os demais custos do sistema, porém, sem oficializar nenhum tipo de acordo.

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