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Chico Leal

Felicidade

6 de agosto de 2020

Todos nós buscamos a felicidade.

Queremos e buscamos a felicidade sempre.

A felicidade é uma meta, é um objetivo a ser alcançado.

Mas, afinal, o que é felicidade?

Mesmo os que diariamente buscam e sonham com uma felicidade eterna, sabem o que é felicidade?

Aílton Bahia, um pensador que costuma publicar seus textos nas redes sociais, diz que não existem receitas de felicidade.

Mas há algo que se repete na vida dos que se sentem felizes: eles são íntimos de si mesmos; eles conhecem os próprios anseios e são fiéis a eles.

Vivemos desesperadamente buscando descobrir o segredo da felicidade, mas nem sequer sabemos o seu verdadeiro significado.

Há milhões de anos a humanidade busca a felicidade em vários lugares.

Muitos homens e mulheres, durante toda a sua existência buscam a felicidade através do poder e se tornam ditadores e arrogantes, acabam escravos do próprio poder e se tornam solitários e deprimidos. Outros buscam a felicidade através da fama e estrelato; acabam sufocados pelo próprio sucesso e vivem se escondendo do mundo atrás de drogas e medicamentos.

Outros usam seus status sociais e autoridade e se impõem a humilhar seu semelhante; se consideram seres supremos e intocáveis,

Acabam se tornando seres odiados e insignificantes sem nenhum respeito ou prestígio perante a sociedade.

Felicidade é algo complexo e inexplicável, que depende de cada um de nós.

Temos que encontrá-la dentro de nós mesmos, dentro da realidade de cada um, dentro de seu mundo real.

Felicidade, muitas vezes, é fazer o bem.

Sempre nos sentimos bem quando conseguimos ajudar alguém, quando conseguimos transformar uma lágrima em sorriso, quando somos abraçados e beijados por pessoas que nem sequer conhecemos, simplesmente porque demonstramos um gesto de carinho e atenção para com elas.

Ser feliz, muitas vezes, é quando percebemos que somos admirados e respeitados.

São coisas simples, simples até demais.

São coisas que podem até não ser a felicidade, mas com certeza é algo muito perto disso;

É algo que está ao alcance de todos.

Se não sentimos essas coisas em nenhum momento da vida é porque algo está errado.

A felicidade está em coisas simples da vida.

Está em cada pedacinho de chão conquistado, em levantar a cada tropeço, em amar as pessoas e não julgar pelo que aparenta ser.

Ser feliz transcende qualquer entendimento, mas é possível com muita sabedoria no dia-a-dia. Acreditar nos sonhos que possuímos é fundamental.

A felicidade, enfim, está originalmente em crer.

Crer que tudo é possível.

 

O melhor caminho

5 de agosto de 2020

 O mundo inteiro – e o Brasil em especial –  vive em meio a um processo muito intenso de corrupção e desmoralização.

Vivemos, não só o anúncio do fim dos tempos.

Às vezes a impressão é de que já estamos realmente vivendo o próprio fim dos tempos.

Chegamos a um ponto tal que há quem acredite que ser desonesto é a única maneira para se dar bem na vida.

É o único caminho para o sucesso e para a riqueza.

Há quem pense que uma mentira aplicada uma vez ou outra é uma coisa inofensiva, mas não é bem assim.

Os especialistas entendem que é exatamente assim que um pequeno mentiroso acaba se tornando um grande desonesto.

Márcia Denardi, uma jornalista catarinense que usa a informação para fortalecer a família, diz que a desonestidade é uma doença, é uma coisa que cresce de forma gradual.

Se ela não é interrompida assim que é detectada, fica cada vez mais profunda, e difícil de cessar.

Principalmente porque, depois de um tempo, quem é desonesto passa a considerar normal a desonestidade.

O homem desonesto – alguém já disse – é pobre de espírito.

É pobre de caráter.

É pobre de honra.

Sócrates, o grande filósofo ateniense, na Grécia antiga, ensinava em 460 antes de Cristo, que se o homem desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade.

Não há um caminho mais eficiente de se ensinar honestidade aos filhos que o caminho dos exemplos.

Você, pai ou mãe, vai passar a vida inteira ensinando seus filhos como agir; você pode reclamar, pode ate brigar, mas vai ter que dá o exemplo. 

O exemplo é muito mais eficiente.

Seja honesto, mostre que é honesto e você muito provavelmente terá em seu filho um seguidor de suas virtudes.

Pratique o bem e você terá o filho seguindo seu exemplo.

Isso, com certeza, estar faltando a boa parte das famílias brasileiras.

A ausência dos pais no próprio lar muitas vezes leva o a escolher caminhos diferentes, muitas vezes novos e perigosos caminhos.

Apesar da correria diária e da dureza que a vida nos impõe, não deixe seus filhos se sentirem abandonados.

Como diz o escritor Augusto Branco, seja você o exemplo de tuas palavras e haverá um momento em que não precisarás dizer nada sobre coisa alguma.

Tuas atitudes falarão por ti!

Procure agir dessa forma e contribua para que no futuro tenhamos novos cidadãos; contribua assim para que no futuro se possa aspirar um destino menos decepcionante.

O direito de espernear

4 de agosto de 2020

As pessoas acusadas ou suspeitas de crime têm direito à presunção de inocência. A lei brasileira garante aos acusados em geral o direito ao contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

As pessoas envolvidas na Operação Topic têm esse direito. É da lei. Todos os envolvidos terão direito a se defender, terão direito a protestar inocência perante o juiz, em qualquer instância em que esteja o processo. Inclusive na fase de inquérito policial.

Não pode ser diferente no caso da Operação Topic e certamente não será, fiquem certos os acusados.

No Piauí, o problema é que além de espernear o acusado quer fazer crer que não cometeu crime nenhum e que tudo não passa de pura perseguição política, por isto ou por aquilo. É natural que os acusados queiram se eximir da culpa, mesmo diante de provas que a Polícia Federal considera irrefutáveis.

Mas quando se tenta atribuir aos investigadores esse papel de perseguidores implacáveis, a questão de se torna risível.

Risível, sim, porque até agora o trabalho da Polícia Federal tem sido irrepreensível. A Polícia Federal, até agora, tem trabalhado em cima de provas cada vez mais convincentes dos malfeitos praticados na Secretaria Estadual de Educação na gestão de Rejane Dias.

As provas apresentadas são contundentes. Mostram com riquezas de detalhes um envolvimento criminoso de autoridades públicas com agentes civis de má índole se apropriando de recursos do contribuinte.

Mostram, inclusive, um irmão da deputada Rejane Dias como possível proprietário de apartamentos de alto luxo para aluguel. A própria Polícia Federal teria alugado um desses imóveis para efeitos de prova.

Tentar colocar em cheque provas deste tipo, com o objetivo claro de estabelecer a dúvida, não vai funcionar.

A população piauiense tem se manifestado cada vez mais favorável as investigações da Polícia Federal. Não só às investigações, mas a condenação dos culpados.

São valores altos, são valores assombrosos e inimagináveis para o piauiense.

O piauiense está abismado diante de tanto dinheiro fruto dessa ação criminosa. Mais espantado ainda por saber que todo esse dinheiro desviado deveria ter sido aplicado em benefício das escolas e dos alunos.

O piauiense fica revoltado porque sabe que o seu filho ficou sem transporte e sem merenda escolar.

O que a Polícia Federal está fazendo é nada mais do que reunindo provas que possam garantir a condenação dos culpados por atos tão inescrupulosos.

Pouco ligando para a patente e para o tamanho da bota dos suspeitos.

As tragédias de agosto

3 de agosto de 2020

 Ah! Agosto porque você não muda, passa ano e mais ano és agosto do desgosto… Mas quem dera a culpa fosse somente sua.(Nathalia Moretti)

Agosto é um mês atípico aqui no Brasil, Os fatos comprovam isso. E tanto é assim que agosto é chamado por muitos de mês do desgosto e por outros tantos de mês das tragédias, principalmente das tragédias políticas.

Por isso mesmo os políticos brasileiros não gostam de agosto. Eles cruzam os dedos e batem na madeira constantemente nesta época.

Se pudessem, acredito, até mudariam o calendário retirando dele para sempre o mês de agosto. 

Foi em agosto de 1954, por exemplo,  que o presidente Getúlio Vargas disparou um tiro no próprio peito para – como deixou escrito em sua carta testamento – sair da vida e entrar na história.

Pressionado por políticos e militares foi o caminho que Getúlio encontrou para pôr fim a uma crise que ameaçava incendiar o Brasil.

Foi no dia 25 de agosto de 1961, Dia do Soldado, que Jânio Quadros renunciou à presidência da República, depois de se eleger prometendo varrer a corrupção no Brasil.

Foi no dia 22 de agosto de 1976 que morreu Juscelino Kubistchek de Oliveira, o construtor de Brasília e o mais popular de todos os presidentes brasileiros. Juscelino morreu em acidente de carro, na Via Dutra, quando se dirigia para o Rio de Janeiro. Ainda hoje há quem acredite que Juscelino, na verdade, foi assassinado pela ditadura militar.

Foi em agosto que morreu Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato a presidência da República.

Foi em agosto também que morreu seu avô, Miguel Arraes, outro grande nome da política brasileira.

Também foi em agosto que a Polícia Federal prendeu José Dirceu, homem forte do governo petista de Lula, acusado de comandar o esquema do mensalão e que ainda hoje prega a tomada do poder. Pela força, que seja.

Os exemplos mostram que agosto é um mês que já deixou profundas marcas na história política brasileira.

Mas, como tudo segue, chegamos mais uma vez ao mês de agosto e muito provavelmente ele deixará novas marcas.

Para muitos, principalmente para muitos políticos, o oitavo mês dos calendários Juliano e Gregoriano poderia muito bem ser eliminado na política brasileira.

Para a polução, no entanto, ele serve para lembrar que nem tudo é eterno. Serve para lembrar, principalmente aos arrogantes que se consideram donos do poder, que tudo passa.

E como passa.

De qualquer forma neste primeiro dia útil de agosto, até por prevenção, não custa nada bater na madeira.

(Toctoctoc)

E dizer em voz alta:

– Pé de pato mangalô três vezes!

Por um agosto de gosto. E por gostos sem desgostos.

Saudade de  tudo

31 de julho de 2020

Pablo Neruda, importante escritor e político chileno e um dos maiores poetas da literatura latino-americana, diz que saudade é amar um passado que ainda não passou. É verdade.

Sou como o poeta desconhecido, que sente saudades de tudo que marcou a sua vida.

Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, sinto saudades…

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…

Sinto saudades da minha infância,

do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser…

Sinto saudades do presente,

que não aproveitei de todo,

lembrando do passado

e apostando no futuro…

Sinto saudades do futuro,

que se idealizado,

provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser…

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!

De quem disse que viria

e nem apareceu;

de quem apareceu correndo,

sem me conhecer direito,

de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

 

Sinto saudades daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre.

Sinto saudades de coisas que tive

e de outras que não tive mas quis muito ter.

Sinto saudades de coisas que nem sei direito se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,

de coisas hilariantes,

de casos, de experiências…

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer.

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar.

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi

e das que deixei passar.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que…

não sei onde…

para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês…

mas minha saudade,

por eu ter nascido no Brasil,

só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costumamos usar sempre a língua pátria, espontaneamente quando

estamos desesperados…

para contar dinheiro … fazer amor…

declarar sentimentos fortes…

seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Talvez não exprima corretamente

a imensa falta que sentimos de coisas

ou pessoas queridas.

E é por isso que tenho mais saudades…

Porque encontrei uma palavra

para usar todas as vezes

em que sinto este aperto no peito,

meio nostálgico, meio gostoso,

mas que funciona melhor

do que um sinal vital

quando se quer falar de vida

e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca

de que somos sensíveis.

De que amamos muito

o que tivemos

e lamentamos as coisas boas

que perdemos ao longo da nossa existência…

Vamos esquecer o ódio

30 de julho de 2020

Nélson Mandela, o mais importante líder  da África negra, nos ensinou que ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou por sua religião.

Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o ódio.

A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.

A lição do ex-presidente da África do Sul continua atual e cai como luva na situação que vivemos no Brasil.

De repente o brasileiro trocou a sua alegria contagiante – conhecida no mundo inteiro como uma de nossas grandes virtudes – por um ódio mortal ao próprio brasileiro.

Nós estamos, por mais cruel que possa parecer, odiando a nós mesmos.

Estamos tomando como inimigos nossos próprios vizinhos, nossos próprios amigos,  nossos irmãos.

Estamos nos deixando levar por uma situação de intolerância jamais vista no país.

Na verdade, a humanidade vive um momento muito estranho.

E o Brasil talvez esteja vivendo reflexos dessa onda de intolerância.

Os exemplos brasileiros podem ser vistos a olho nu, na rua ou em qualquer outro lugar.

São exemplos claros de nossa intolerância e do nosso ódio o nosso próprio comportamento político.

E o pior.

Não nos tornamos intolerantes em nome de uma causa.

Nossa intolerância vem da defesa inconsequente que fazemos de figuras de caráter duvidoso e de honestidade suspeita.

São figuras que, apesar de tudo, ainda são consideradas estadistas, são consideradas homens de estado, homens ativamente envolvidos em conduzir os negócios de um governo.

São figuras que chegam a ostentar acintosamente uma áurea de santo.

São pessoas, na verdade, que procuram oferecer falso brilho a um caráter que não possuem.

Ninguém pode ser impedido de se manifestar livremente, afinal vivemos num regime democrático.

E esse regime nos garante o livre direito de manifestação.

Mas o bom senso recomenda-nos mais cuidado e atenção na hora da defesa de pessoas, principalmente no Brasil.

Como diz Mandela, se temos capacidade de aprender odiar o próximo, com certeza também temos capacidade para aprender a amar alguém.

Vamos então nos valer dessa condição, desse potencial de aprender, para reaprender o que é diálogo, vamos reaprender o quer é conversar, o que é ter amigos.

Só assim poderemos reconstruir um caminho que nos leve ao entendimento, que nos leve àquele entendimento tão necessário para se definir o que costumamos chamar de bem comum.

Um bem comum que atenda a todos nós.

Esquecemos o menor

29 de julho de 2020

Como o coronvirus se transformou, por razões obvias,  em prioridade nos noticiários de todo o país, estamos deixando passar ao largo outras questões igualmente importantes para o Brasil e para o brasileiro.

Estamos, por exemplo, deixando de lado a questão do menor, sobretudo do menor infrator, aquele menor que rouba, assalta e mata sem qualquer piedade. 

Esse problema, por ser igualmente muito grave, não pode ser esquecido por um instante que seja.

É uma discussão que muitos procuram evitar, mas que se faz urgente e necessária.

Como punir um menor de 14, 15 anos de idade que mata a sangue frio? Como punir um menor que mata um trabalhador pai de família para roubar, muitas vezes aproveitando-se da condição de menor?

No Brasil – diz a lei – um menor de 18 anos é considerado um coitadinho, que ainda não sabe o que está fazendo.

Assalta sem saber que está assaltando; mata sem saber que está matando.

E por ser um coitadinho, por ser um órfão da sorte, por ser uma vítima da sociedade cruel e insensível, ele pode matar, pode cometer os crimes mais violentos e sua pena não poderá ultrapassar a três anos de reclusão num chamado centro de reeducação.

Isso não é certo.

Um grupo de países da Europa e das Américas – apesar de ter a maioridade penal igual à do Brasil – possui em suas leis possibilidades de punições mais severas para adolescentes que cometem infrações graves.

Há casos em que o tempo de privação de liberdade para menores de 18 anos pode chegar a 15 anos.

Há também os países nos quais o que vale é a gravidade do crime, como no caso da Inglaterra.

De uma lista de 17 países, apenas Brasil e Alemanha têm limite de restrição de liberdade de três anos. Nos outros, há possibilidade de internações maiores, em especial, para os jovens mais próximos dos 18 anos.

Precisamos urgentemente rever nossas leis de proteção.

Nos Estados Unidos, um garoto de 11 anos de idade matou sua madrasta grávida com um tiro a queima roupa.

Matou com a intenção de matar.

Minutos depois, o menino entrou no ônibus e foi para a escola como se nada tivesse acontecido.

Se fosse no Piauí, esse mesmo  menino no máximo estaria no famigerado CEM, mas nos Estados Unidos a justiça é aplicada de maneira diferente.

O garoto vai a júri popular e pode pegar a pena de prisão perpétua.

Lá, quando o crime é considerado adulto, mesmo que praticado por criança, a punição também é adulta.

É uma pena muito severa?

Pode até ser, mas não podemos continuar eternamente valendo-se de uma condição social como atenuante para crimes bárbaros.

Ou mudamos a lei, ou mudamos o tratamento, ou continuaremos assistindo a essas barbáries praticadas por adolescentes no nosso dia a dia.

Isso precisa mudar.

 O poder fascinante

28 de julho de 2020

Nicolau Maquiavel, o fundador do pensamento e da ciência política moderna, ensina que a política tem pelo menos duas caras. A cara que se expõe aos olhos do público e a cara que transita nos bastidores do poder. Dê o poder ao homem e descobrirás quem realmente ele é.

Maquiavel viveu em Florença entre 1469 e 1527 e já neste período conseguiu enxergar a política que iria se praticar por estas bandas nos tempos que  correm.

Quem chega ao topo do poder nunca quer descer. O poder é realmente fascinante.

Além de fascinante, o poder é dominador, é status; O poder é prazeroso e misterioso; o poder é deslumbrante e todos sonham ter o domínio sobre qualquer organização ou associação por menor que seja.

O poder como domínio do homem sobre o próprio homem ou de uma nação sobre a outra, do mais forte sobre o mais fraco, é fato incontestável.

É de Maquiavel a certeza de que a autoridade em si mesma é um atributo plenamente cobiçado por todos os entes do mundo.

Esta maratona existe desde o início da humanidade passando pelos mais diferentes períodos de desenvolvimento da história, E segue sendo transmitido este legado de geração em geração e continuará para sempre enquanto existir este mundo movido a concorrência para saber quem vai dominar uns aos outros.

O poder político, sem dúvida, é o poder mais fascinante entre os humanos.

Parece até que Maquiavel escreveu suas teses, seus pensamentos, olhando para um lugar bem distante da sua Florença natal, um distante lugar chamado Piauí. Seus exemplos, afinal, se encaixam com perfeição no que costumamos assistir por aqui.

No Piauí ninguém quer largar o poder.

Por aqui, temos gestores completando 16 anos de mandato, outros chegando lá. E outros tentando desesperadamente entrar neste ranking.

No Piauí, como diz Maquiavel, a fome dos humanos para alcançar o comando na sociedade transcorre sem exceções nas organizações sociais seja ela mínima ou máxima.

Sempre ocorrem às disputas para atingir o topo da supremacia.

O poder está ligado à natureza ambiciosa do homem.

Os que detêm esta investidura de mandatários tem sobre si a palavra final para sentenciar sobre a história dos indivíduos sob quaisquer circunstâncias.

Como tem o controle em suas mãos, goza de uma excitação que pode atingir o êxtase no esplendor para massagear seu ego e exercer seu controle sobre seu semelhante. Este tem o arbítrio e o prazer de mandar e desmandar na vida de uma coletividade, que ficam refém das decisões, às vezes sensatas ou insanas de um poderoso chefe.

Esse Maquiavel realmente sabia das coisas.

O piauiense que o diga.

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