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Chico Leal

O STF e a lei

5 de outubro de 2020

A Constituição brasileira dispõe em seu artigo 101, sobre a forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Como requisitos para integrar a Corte Suprema, ser cidadão, ter mais de 35 anos e menos de 65, notável saber jurídico e reputação ilibada.

O parágrafo único estabelece que a nomeação será feita pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria dos membros do Senado Federal.

Em muitos países democráticos é feito assim. O Brasil não é o único a adotar este sistema.

O problema do Brasil não é a maneira de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O problema do Brasil são os escolhidos.

É inegável que nas ultimas décadas falou mais alto o compromisso político, pouco se ligando para a questão do notório saber e para a honorabilidade dos escolhidos.

O resultado é uma corte sem credibilidade, onde os julgadores não podem sair às ruas ou mesmo entrar num avião, com medo da reação popular.

O STF, não custa lembrar, já teve em seus quadros grandes juristas, entre eles o parnaibano Evandro de Lins e Silva. O STF já teve ministros que primavam pela aplicação da lei e que não olhavam para o sobrenome dos réus. Fazia-se justiça, simplesmente. Esses mereceram o espeito da população brasileira.

Definitivamente alguma coisa precisa mudar. Muda-se a maneira da escolha ou muda-se o nível dos escolhidos para a mais alta corte de justiça país. Não podemos é continuar escolhendo ministros baseado exclusivamente na força política de seus patronos.

O juiz é a figura central da justiça.

O juiz é aquele que julga, que dá direitos, que interpreta a lei e que garante a justiça.

Na justiça, tudo passa pelo juiz, seja ele o de primeiro grau, seja ele o desembargador da segunda instância, seja ele o ministro do Supremo Tribunal Federal.

Todos são juízes.

O juiz é indispensável em qualquer sociedade.

Por isso, o juiz não pode ser qualquer um.

O juiz não é para fazer favores com a justiça, o juiz é para julgar segundo as leis.

O juiz não pode ter antecedentes criminais e tem que possuir recomendações morais e sociais.

O juiz que semeia a justiça tem que se proteger, tem que manter irrepreensível e intocável a sua conduta.

Tem que zelar pelo seu nome.

Daí a necessidade até de certas reservas, de certo afastamento no convívio social.

O juiz não pode ter sobre seus ombros nada que o impeça de julgar alguém corretamente.

Se o tiver, não terá o respeito necessário para impor suas decisões, para impor suas sentenças.

É coisa pra se pensar!

Ser feliz é….

2 de outubro de 2020

As pessoas gastam uma vida inteira buscando pela felicidade, procurando pela paz. Elas perseguem sonhos vãos, vícios, religiões, e até mesmo outras pessoas, na esperança de preencherem o vazio que as atormenta. A ironia é que o único lugar onde elas precisavam procurar era sempre dentro de si mesmas.

Como disse o Papa Francisco, você pode ter defeitos, ser ansioso, e viver alguma vez irritado, mas não deve esquecer que a sua vida é a maior empresa do mundo.

Só você pode impedir que ela vá em declínio.

Ser feliz não é ter um céu sem tempestade, uma estrada sem acidentes, trabalho sem cansaço, relações sem decepções.

Ser feliz é achar a força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor na discórdia.

Ser feliz não é só apreciar o sorriso, mas também refletir sobre a tristeza.

Não é só celebrar os sucessos, mas aprender lições dos fracassos.

Não é só sentir-se feliz com os aplausos, mas ser feliz no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões, períodos de crise.

Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista para aqueles que conseguem viajar para dentro de si mesmo.

Ser feliz é parar de sentir-se vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas conseguir achar um oásis no fundo da nossa alma; é agradecer a Deus por cada manhã, pelo milagre da vida.

Ser feliz, não é ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si. É ter coragem de ouvir um “não”.

É sentir-se seguro ao receber uma crítica, mesmo que injusta.

É beijar os filhos, mimar os pais, viver momentos poéticos com os amigos, mesmo quando nos magoam.

Ser feliz é deixar viver a criatura que vive em cada um de nós, livre, alegre e simples.

É ter maturidade para poder dizer: “errei”. É ter a coragem de dizer:”perdão”.

É ter a sensibilidade para dizer: “eu preciso de você”.

É ter a capacidade de dizer: “te amo”.

Que a tua vida se torne um jardim de oportunidades para ser feliz…

Que nas suas primaveras seja amante da alegria.

Que nos seus invernos seja amante da sabedoria. E que quando errar, recomece tudo do início.

Somente assim será apaixonado pela vida. Descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância; utilizar as perdas para treinar a paciência; usar os erros para esculpir a serenidade. Utilizar a dor para lapidar o prazer.

Utilizar os obstáculos para abrir janelas de inteligência.

Nunca desista….

Nunca renuncie às pessoas que o amam.

Nunca renuncie à felicidade, pois a vida é um espetáculo incrível.

1 de outubro de 2020

Vivemos num mundo onde é preciso ter muita fé.

São tantas as dificuldades, são tantos os obstáculos à nossa frente que, sem dúvida, é preciso ter muita fé.

Mas o que é fé, o que é ter fé?

Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de que algo vai mudar de forma positiva, vai mudar para melhor.

Ter fé é ter paciência, é esperar com calma, é acreditar sem dúvida.

É ser emocional, sensível, observador. É trabalhar a razão e a emoção.

Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.

Ter fé é ter intuição, é sentir que você está fazendo a coisa certa, que o caminho a seguir é este mesmo, e assim ir trilhando e enfrentando os desafios até chegar ao destino almejado.

É não desistir, é buscar a determinação como foco para atingir seu alvo.

É ter sensatez, é saber dos limites que os desejos sonhados possuem.

Ter fé é acreditar que pode mover montanhas só com o pensamento, que vai ganhar na loteria sem sequer fazer o jogo.

Fé é um conjunto de ações que vai determinar seu verdadeiro efeito, por isso ela é tão singular e abstrata.

É pensar, fazer e acreditar que tudo vai sair como o esperado.

É saber pensar com clareza e, o mais importante, saber o que se quer, determinar aquilo que deseja, visualizar e transpor para a realidade o que está sendo formatado na mente.

Ter fé é criar na mente e já imaginar na vida real.

Quando você começa a desenhar em seus pensamentos, o relacionamento amoroso ideal, a casa que deseja comprar, a viagem que sempre quis fazer, e visualizar com vontade, sabendo o que realmente quer e agindo para facilitar a realização, não tem como, o universo vai conspirar a seu favor.

Então, tenha fé, corra atrás de seus sonhos, analise, pense e te dê oportunidades para que ela te leve ao sucesso, seja ele espiritual, emocional, material.

Não espere pelos outros, vá em frente e aprenda a pensar com sensatez.

A fé é isso, é equilíbrio.

A fé é algo que anima afetivamente as pessoas, um comportamento que faz o indivíduo se sentir motivado a atravessar uma situação de grande dificuldade, por exemplo.

Neste momento de grandes dificuldades em todo o país; neste momento de graves dificuldades, também no Piauí, vamos ter fé.

Muita fé.

(Do livro Opinião com Chico Leal)

Os dois lados

30 de setembro de 2020

Que o regime democrático ainda é o melhor regime para se viver é fato.

Todo mundo sabe, embora nem todos aceitem isso.

Mas o regime democrático tem suas implicações.

No regime democrático, por exemplo, você tem que aprender a conviver com os contrários.

Faz parte do jogo.

No regime democrático você é obrigado a respeitar a opinião do outro, mesmo que você não concorde com ela.

No regime democrático você não pode exigir que todos concordem com suas ideias, mas também você não é obrigado a concordar com as ideias dos outros.

Você só tem que respeitá-las.

Como a democracia implica na convivência com os contrários, é natural que num regime democráticos como o nosso existam as vaias e os aplausos.

Vaias e aplausos fazem parte do regime democrático em qualquer parte do mundo, queiram ou não.

Geralmente não se gosta de vaias, preferem-se sempre os aplausos.

Infelizmente, na vida nem tudo são aplausos, nem tudo são flores.

Há também as vaias e os espinhos.

Conta a história que o ato de bater as palmas das mãos em sinal de aprovação tem origem desconhecida, mas existe há pelo menos 3 000 anos.

Nessa época, o gesto era essencialmente religioso, popularizado em rituais pagãos de diversos povos como um barulho destinado a chamar a atenção dos deuses.

No teatro clássico grego, tornou-se, então, a forma pela qual os artistas pediam à plateia que invocasse os espíritos protetores das artes.

Mas o costume chegou a Roma

E ao chegar a Roma a coisa mudou de figura.

No Império Romano, o aplauso passou a ser comum nos discursos políticos.

Nero, preocupado com a repercussão de seus discursos, chegava a espalhar pela multidão 5 mil soldados e cavaleiros para aplaudi-lo.

A moda pegou e foi copiada aqui também.

É comum político distribuir simpatizantes em seus comícios para garantir o aplauso.

Ninguém quer mesmo é ser vaiado.

Faz-se de tudo para se evitar uma vaia.

A vaia é o oposto do aplauso.

Mil anos antes de Cristo, a vaia já existia.

Vaiava-se, por exemplo, execução de criminosos e de traidores do estado.

Mas a vaia e o aplauso sempre existiram e sempre andaram juntos.

Não será agora que iremos conseguir separá-los.

O homem público tem que estar preparado para os dois.

Para a vaia e para o aplauso.

Para os que preferem os aplausos, o melhor caminho, sem dúvida é interpretar os desejos e as vontades da população.

Identificar e compartilhar desses desejos e dessas vontades.

Agindo assim, as vaias de hoje com certeza serão convertidas em aplausos amanhã.

Mude

29 de setembro de 2020

Costumamos falar mal de político.

Geralmente nos ocupamos deste ofício todo santo dia.

Estamos sempre encontrando defeitos, principalmente o defeito de roubar; estamos sempre procurando saber o valor do patrimônio dos políticos para justificar a nossa tese de que político tem que ser corrupto. Não sem razão.

Pessoalmente ainda quero acreditar na minha já quase desacreditada tese de que deve haver pelo menos uma exceção. Confesso, no entanto, que até agora nenhuma manifestação me levou a acreditar na minha própria tese.

Mas é preciso que se diga mais uma verdade nesta conversa.

Político nenhum nasce sozinho. O político nasce das nossas ações, nasce dos nossos votos.

O político existe porque nós queremos que ele exista.

O político sobrevive porque nós queremos que ele sobreviva.

Político no Piauí tem vários mandatos porque nós queremos que ele tenha vários mandatos.

O político nos  representa porque nós queremos que ele nos represente.

Chega de hipocrisia!

Político não se elege sozinho. Político é cria de todos nós que votamos neles. O político é só uma cria coletiva, uma cria nossa. Se o político vive lá nas altas rodas do poder é culpa nossa, sem tirar nem por.

Não vamos mais procurar culpados para os nossos erros. Nós mesmos temos que corrigir nossos próprios erros e enganos. Temos que ter coragem para isso.

Para corrigir esse tipo de erro é fácil. É só usar a mesma arma que usamos para errar.

É preciso apenas usar o voto. Aquele voto que colocou o político lá é a mesma arma que pode tirá-lo.

O voto é uma arma muito poderosa. É uma arma que pertence a você, é exclusiva, só você pode usar.

O ato de votar é um ato de liberdade. O voto iguala as pessoas, todos são iguais na hora de votar. Pretos e brancos, ricos e pobres.

Além disso, o voto é secreto. Ele é secreto exatamente para garantir a nossa liberdade de escolha.

O voto é livre e você é livre para escolher seu candidato. Não esqueça nunca, quem escolhe seu candidato é você, mais ninguém.

Só você, com o seu voto, pode mudar os rumos de sua cidade. Só você, com o seu voto, pode mudar o Piauí, só você, com o seu voto, pode mudar o Brasil.

Avalie por este lado o quanto poderoso é o seu voto. No regime democrático não existe arma mais poderosa.

Nas próximas eleições pense nisso. Pense como é importante a sua participação no processo eleitoral. Pense quão importante é o seu voto.

Não abra mão da sua liberdade, não abra mão do seu direito de escolha, não abra mão da sua dignidade, não abra mão do seu direito de ir e vir, não abra mão da democracia tão duramente conquistada.

Não abra mão dos seus direitos. Não abra mão desta arma que protege a todos nós.

Não venda seu voto!

Quem sou eu?

25 de setembro de 2020

Quem sou eu? Perguntou-se o poeta. Ele mesmo responde.

Eu sou um pouco de tudo!

Um pouco de força e de fraqueza…

de coragem e covardia…

Eu sou um pouco de alegria e de tristeza…

de relaxo e de mania!

Sou um pouco de simplicidade e de orgulho…

de clareza e escuridão…

Um pouco de silêncio e de barulho…

de pequeno e imensidão!

Sou um pouco de realidade e de ilusão…

de voar alto e pé no chão…

Um pouco de sossego e de ambição…

de comprimido e explosão!

Sou um pouco de samba e de sertanejo…

de rock e de reggae…

Um pouco de inibição e de molejo…

de me larga e de me pegue!

Sou um pouco de exibição e timidez…

de esperança e falta de fé…

Sou um pouco de loucura e lucidez…

de quem eu quero e de quem quiser!

Sou um pouco de amor e de ódio…

de dor e de prazer…

Sou um pouco de vida e de óbito…

do que eu sou e quero ser!

Na vida é preciso ter coragem.

É preciso ter força para ser firme,

mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender,

mas é preciso coragem para baixar a guarda.

É preciso ter força para ganhar uma guerra,

mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo,

mas é preciso coragem para ter dúvida.

É preciso ter força para manter-se em forma,

mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,

mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso,

mas é preciso coragem para fazê-lo parar.

Na vida, é preciso ter força para ficar sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso ter força para amar,

mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver,

mas é preciso coragem para viver.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Viver é enfrentar desafios. Quem nunca enfrentou desafios, apenas passou pela vida, não viveu.

A vida, como diz Bob Marley, é para quem topa qualquer parada. Não para quem para em qualquer topada

O sonho

24 de setembro de 2020

Todos nós temos um sonho.

Todos nós temos um objetivo, todos nós temos um desejo.

E se temos um sonho, um objetivo, um desejo, temos que persegui-lo, temos que lutar por ele. Não importam as dificuldades e a extensão do caminho.

Certa vez, uma pequena lagarta caminhava em direção ao sol. Bem perto do caminho, ela encontrou um gafanhoto.

– Para onde você está se dirigindo? Perguntou o gafanhoto.

Sem parar de andar, a lagarta respondeu:

– Sonhei que chegava ao topo de uma grande montanha e lá eu encontrava tudo o que era necessário para ser feliz.

Gostei de tudo o que eu vi no meu sonho, senti que era real e decidi realizá-lo.

Surpreso, o gafanhoto disse enquanto se distanciava da lagarta:

– Você deve estar louca! Como poderá chegar naquele lugar?

Você, uma simples lagarta!

Quando se busca um objetivo, uma pedra será uma montanha, uma pequena poça d’água será um mar e qualquer tronco será uma imensa barreira.

Verdade verdadeira.

Os obstáculos são muitos, mas não podemos desistir nunca.

Walt Disney, mundialmente conhecido por seus personagens e produções cinematográficas maravilhosas, também tinha um sonho. E um dia resolveu ir atrás.

Conta ele:

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar…

Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.

Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.

Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.

Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.

Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

Naquele dia descobri que meu único rival nada mais era que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de supera-las.

Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.

Deixei de me importar com quem ganha ou perde.

Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.

Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.

Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo.

Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, o amor é uma filosofia de vida.

Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.

Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.

Naquele dia, decidi trocar tantas coisas…

Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidade.

E desde aquele dia já não durmo para descansar… simplesmente durmo para sonhar.

(Do livro Opinião com Chico Leal)

Lições de Millor

23 de setembro de 2020

Millôr Fernandes, desenhista, dramaturgo, escritor, poeta e grande jornalista brasileiro, certa vez definiu o político como um sujeito que convence todo mundo a fazer uma coisa da qual ele não tem a menor convicção.

Millôr morreu em 2012, aos 88 anos de idade, mas deixou um grande legado de sabedoria. São frases, textos e pensamentos que muito representam a sociedade brasileira de hoje.

Ele dizia que com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e a todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado. E desejava paz na terra aos homens de boa vontade, isto é paz para poucos.

Ao produzir essas perolas, algumas décadas atrás, ele antevia o desastre que se aproximava do Brasil e dos brasileiros. Ele viu, antes de qualquer um, que caminhávamos para o abismo, exatamente porque começava a faltar a boa vontade entre nós.

A boa vontade, que começou a desaparecer lá atrás, hoje praticamente deixou de existir. Não se pensa mais no bem coletivo, no bem ou no interesse de todos.

Os políticos – existem as exceções, poucas, é preciso que se diga – adotaram nos últimos anos a política do eu primeiro, ignorando solenemente as necessidades da população que diz representar e em cujo nome diz falar.

É essa política nefasta que está criando um fosso cada vez mais largo e profundo entre a população e os políticos. Vivemos a política da mesquinhez e da hipocrisia. E com o agravante de que a classe política pouco ou quase nada tem feito na direção de superar essas dificuldades.

O primeiro passo, para superação desse distanciamento tem que ser dado pelo político, por ser ele o agente responsável por esse sentimento de traição que inunda a alma dos brasileiros.

Sentimento esse que faz com que a simples citação de um único parlamentar leva a pessoa a deixar de acreditar no que está sendo proposto e até no que já está sendo feito.

É impressionante como a população criou uma espécie de nojo da atividade política, exatamente por se sentir traída por quem um dia prometeu criar um paraíso brasileiro.

Os governantes precisam urgentemente rever esses métodos, sob o risco de um perigosíssimo descrédito total e generalizado. Precisam entender que a política é também o ato de perseguir o bem comum, o bem de todos.

Caso contrário, nenhuma luz conseguirá manter-se acessa no fim do túnel.

Afinal, a política, quando gera corrupção na célula social, é um verdadeiro câncer que destrói toda a sociedade e os seus valores morais.

E os políticos não podem esquecer que o estado é um agente de promoção social e também um agente regulamentador de toda a vida e saúde social, política e econômica do país.

Pensem nisso.

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